terça-feira, 6 de julho de 2010

QUANDO NIETZSCHER CHOROU





Friederich Nietzsche, o maior filósofo da Europa, está no limite de um desespero suicida, incapaz de encontrar cura para as insuportáveis enxaquecas que o afligem. Josef Breuer, médico distinto e um dos pais da Psicanálise, aceita tratar o filósofo com uma terapia nova e revolucionária: conversar com Nietzsche e, assim, tornar-se um detective na sua cabeça. Pelas ruas, cemitérios e casas de chá da Viena do sec. XIX, estes dois gigantes do seu tempo vão conhecer-se um ao outro e, fundamentalmente, conhecer-se a si próprios.E no final não é apenas Nietzsche que exorciza os seus fantasmas. Também Breuer encontra conforto naquelas sessões e descobre a razão dos seus próprios pesadelos, insónias e obsessões sexuais. Quando Nietzsche Chorou funde realidade e ficção, ambiente e suspense, para desvendar uma história superior sobre amor, redenção e o poder da amizade.
Esta obra, a exemplo do "Mentiras no Divã", tem como pano de fundo a psiquiatria, área em que o escritor está à vontade, pois é essa a sua actividade princípal.
É um volume espesso mas tem muito interesse. Espero ainda voltar a este escritor quando estiver com disposição de abraçar outro "calhamaço" ( A Cura de Schopenhauer).

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